terça-feira, 10 de abril de 2007

Alunos de jornalismo estudam sensacionalismo na imprensa campista

Tatiana Freire, 8º período de Jornalismo - FAFIC/Campos

O “tiroteio” de informações ao qual a sociedade é submetida diariamente inspirou um grupo de alunos do 8º período do curso de Jornalismo da Faculdade de Filosofia de Campos a estudar mais profundamente o papel que os veículos de comunicação, mais especificamente a mídia impressa, exerce sobre a formação dos cidadãos. Através do trabalho de conclusão de curso, que será apresentado no próximo dia 03 de junho, os graduandos buscam descobrir até que ponto essa prática é capaz de manipular ou influenciar as pessoas.

Outro objetivo da monografia, segundo Ésio Malafaia Júnior, um dos membros do grupo, é revelar que uma simples posição adotada por determinado veículo na abordagem de um acontecimento é capaz de causar ânsia, pânico, desespero e até mesmo mudar completamente a rotina de milhões de pessoas.

Segundo ele, o tema do trabalho foi pensado a partir da necessidade de mostrar à sociedade a espetacularização que a mídia faz em cima de assuntos que envolvem a violência. Ele acredita que essa posição adotada esteja por trás de interesses financeiros.

— O tema violência sempre vai estar em voga no Brasil e no mundo. Esse foi um dos motivos que nos fez interessar em estudá-lo mais a fundo. Além disso, acreditamos que não há a necessidade de abordar os fatos de maneira tão exagerada, como vemos acontecer. Os veículos mostram sangue porque a população gosta, ou se acostumou, a ver sangue. Financeiramente o sensacionalismo é interessante para a mídia — avalia Malafaia.

Depois de ler alguns livros sobre o assunto, o universitário chegou à conclusão de que a violência é a válvula propulsora da mídia e por isso ela é tão explorada pelos veículos, seja impresso, televisivo ou radiofônico. “A falta de ética é predominante quando o sensaciolismo é realidade. Nosso trabalho tem como objetivo maior melhorar a sociedade em que vivemos, verificando a hipótese de que a cobertura parcial dos fatos causa desgaste social”, explicou Ésio.

Nenhum comentário: